No link abaixo iremos assistir a vários exemplos de arquitetura, obras para estação de embarque de passageiros de trem. O destaque fica por conta das estações de ferro, pós revolução industrial quando o modernismo ainda procurava seus contornos. Como forma, esses exemplos do século XIX e entrando pelo século XX, ainda são a expressão de uma tecnologia dos novos tempos cuja receita ou modelo teórico não havia. Nota-se a nova tecnologia da arquitetura de ferro misturando-se com construções clássicissistas ou eclética predominando. É de se destacar que na época, essas estações representavam um desafio á arquitetura, pois não havia programas elaborados e as ferrovias - novidades da revolução industrial - trouxeram ás cidades o problema a resolver. As discussões teóricas sobre essas construções são confusas e tendem, no geral, a valorizar projetos de engenheiros em função de que os arquitetos "teriam ficado de braços cruzados sem compreender as novas necessidades, materiais e tecnologias" e então os engenheiros, uma profissão tecnicista recente, é que tiveram que levar mãos ás obras, mas nosso mestre, professor Graeff, escreveu um livro fundamental e colocou as coisas nos devidos lugares. Em sua obra (GRAEFF, Edgar A. Arte e técnica na formação do arquiteto. São Paulo: Studio Nobel, 1995, 142 p.) ele contradiz, com maestria, "estrelas" reconhecidas como os críticos Giedion, Bruno Zevi, Benevolo e Mundford e mostra que esses mestres estavam enganados, que não foram os novos engenheiros tecnicistas, mas arquitetos, com dados irrefutáveis, examinando projeto a projeto, apontando que em todos os casos, inclusive no mais famoso, a "torre Eiffel" que idealizaram e criaram os projetos respectivos, com raríssimas exceções - em alguns casos de pontes de ferro que foram pensadas e executas por empresários fundidores - Ficou claro então pelo estudo de Graeff, que foram os projetos de ferro e vidro, sobretudo os das estações de trem, elaborados e assinados por arquitetos, formados ainda nas antigas escolas de Belas Artes e não os técnicos das novas instituições politécnicos que apareceram em fins de XIX e começo de XX. O assunto é fascinante e a obra citada de Graeff, além de esclarecedora, fala de uma época borbulhante e é indispensável para profissionais arquitetos e alunos de arquitetura para se rever conceitos e conhecer o tumulto de uma época de brilhos e experimentos face ás novas tecnologias possibilitadas pela indústria, um tempo de se repensar a arquitetura de ferro, que foi uma etapa histórica e marcou a "passagem" de um tempo para outro, e por isso importante, sobretudo para as nossa tradições que contam com vários prédios de ferro do início do século XX. Os resultados construídos, no que pese a falta de rigor estilístico, não deixam de ser materialmente lindos edifícios cujos programas de necessidades foram inventados e acabaram atendendo à finalidade para a qual foram concebidos e construídos. A arquitetura de ferro guarda uma certa relação romântica com nossa cidade posto temos inúmeros exemplos bem conhecidos da população, como os chalés desmontados e remontados, da UFPA e outros, e os galpões da CDP que deram no belíssimo projeto de revitalização da Estação das Docas.
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=13ee16c4d9201c62&mt=application/vnd.ms-powerpoint&url=https://mail.google.com/mail/u/0/?ui%3D2%26ik%3D189a9741dc%26view%3Datt%26th%3D13ee16c4d9201c62%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26zw&sig=AHIEtbS3ZiyN-j_1Pr7JJxxOrwN8GyF2gA
Alô gente. Na próxima quinta, dia 01, vai rolar o Show
no Solar de Botafogo (RJ). Conto com a presença e/ ou
divulgação de todos. Divido o palco com o novo parceiro
Bruno Cosentino e com os poetas Antônio Cícero, Omar
Salomão e Canaã Ferraz.